Caríssima(o),
Quando 2015 começou, a sua vida era como um livro em branco, no qual você poderia pintar com as cores que quisesse ou melhor ainda: escrever uma poesia, descrever algum sonho ou pesadelo, xingar meio mundo, redigir uma linda mensagem e até uma oração.
Pois é! Podia, mas hoje talvez já não possa mais porque você chegou na última página e ele já se tornou um livro escrito! Acabado!
Como se fosse um livro escrito por você, talvez um dia tenha vontade lê-lo, com todos os detalhes, mas o grande problema é que você nunca poderá alterá-lo numa nova edição.
Se assim é, antes que a última página de 2015 seja redigida, reflita sobre as páginas anteriores, folhei-as com cuidado e atenção. Ao passar por cada página, transporte seu conteúdo para sua consciência de forma que você possa ler a si mesmo.
Aprecie cada página de sua vida onde usou o que você tinha de melhor. Mas também leia com atenção e carinho, aquelas páginas que você gostaria de arrancá-las e, se pudesse voltar atrás, não as teria escrito!
Mas Deus é tão bom que lhe dá de presente um novo livro em branco e cujo título é: 2016!
Para escrever esse novo livro, Deus lhe concederá o livre arbítrio como um instrumento para você usar com sabedoria e ao longo de cada página redigida, se tiver vontade de chorar, chore; se tiver vontade de sorrir, sorria; se tiver vontade de cantar, cante; se tiver vontade de beijá-lo, beije-o, mas jamais se esqueça de - no final desse novo ciclo - colocá-lo nas mãos de nosso Pai Celestial!
Desejo que seu livro 2016 seja muito colorido e repleto de lindas e sábias histórias e conquistas!
2016: UM FELIZ NOVO LIVRO DE SUA VIDA!
Sempre com Deus no comando!
Cordial abraço e sucesso... sempre!
Carlos Zaffani
Consultor em Gestão de Empresas
Nota: Redigi esta mensagem inspirado numa outra (sem título e autor) recebida de um amigo.
Após mais de três décadas como Executivo e Consultor de Empresas, resolvi abrir este espaço com o propósito de trazer meus artigos (escritos nos últimos 20 anos), comentários e sugestões para os profissionais que exercem posições de comando dentro das organizações e para os demais interessados pelo "mundo" da gestão empresarial. Planejar, produzir, checar e agir/corrigir são os pilares tradicionais da gestão e eu acrescento: respeito, confiança e cooperação. Sucesso...sempre! Carlos Zaffani
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Cuidado com os custos invisíveis
Você conhece todos os custos de sua empresa? Eles são apurados de forma consistente e considerados apropriadamente na composição dos preços? Será que não existe nenhum custo escondido relevante que você não está considerando?
Possivelmente as respostas não serão iguais, mas acredito que a maioria esmagadora afirmará que todos os custos são conhecidos e com maior ou menor grau de acertividade, são computados em suas bases de dados e para determinação dos preços.
Será que essa provável conclusão é verdadeira? Será que as empresas estão atentas à todas as questões que podem onerar seus custos ?
A realidade é que as pessoas e as empresas trabalham com evidências e fatos e; conseqüentemente, somente os dados quantificáveis e/ou valorizáveis são considerados na apuração dos custos. Assim, neste tópico não vamos tratar dos custos quantificáveis variáveis ou fixos, mas sim daqueles que sabemos existir, os quais nos habituamos a conviver e que, no entanto, são capazes de corroer as bases de tantas empresas – como a sua - solidamente constituídas.
Mas de que custos estamos falando?
Para facilitar a compreensão, vamos agrupá-los em seis diferentes campos, a saber:
· Relações Humanas
· Controles
· Pessoal
· Recursos Materiais
· Gestão
· Treinamento / Qualidade
I. RELAÇÕES HUMANAS
- O custo de um clima organizacional ruim, gerado, entre outras, pela permissividade em relação aos boatos, fofocas e politicagem interna.
- O custo da aceitação natural de críticas destrutivas, boicotes e resistências.
- O custo de sistemas de comunicação ineficientes que alimentam mal-entendidos e inviabilizam a harmonia interna.
- Os custos em não saber aproveitar e direcionar adequadamente os talentos internos.
- Os custos decorrentes da inexistência ou falta de diálogo e da falta de sintonia entre as pessoas.
- Os custos gerados pela falta de autenticidade, falsidade e desgastes entre as pessoas.
- Os custos da apatia e do isolamento das pessoas.
II. CONTROLES
- Os custos gerados pela desconfiança e criação de controles internos em excesso.
- Os custos oriundos do excesso de informação e de dados desnecessários que não agregam nenhum valor.
- O custo da inexistência ou falta de controles.
- O custo da falta de organização.
- Os custos decorrentes do excesso de burocracia.
III. PESSOAL
- O custo da falta de motivação e interesse.
- Os custos da inexistência de cooperação entre as pessoas.
- Os custos da competição predatória.
- Os custos da exteriorização de riqueza, exibicionismo e necessidade de “status”.
- Os custos que bloqueiam o aprendizado, gerados pela prepotência e arrogância de muitas pessoas.
- Custos da permissividade em relação aos “quebra-galhos”, “mais ou menos” e “gambiarras”.
- O custo da desmotivação e da postura “ não é problema meu!”.
- Os custos gerados pela inexistência ou falta de criatividade e bom humor.
IV. RECURSOS MATERIAIS
- Os custos gerados pela ociosidade dos Ativos.
- Os custos decorrentes do mau uso dos bens e instalações.
- Os custos advindos da utilização de tecnologias ultrapassadas e obsoletas.
- Os custos da conveniência e manutenção de estoques de “segurança” acima do razoável.
- Os custos da falta de manutenção ou da manutenção excessiva.
- Os custos da aceitação de estruturas super dimensionadas.
V. GESTÃO
- Os custos da utilização de sistemas e processos obsoletos.
- Os custos da falta de austeridade no trato de tudo que se relaciona à empresa.
- Os custos da falta de planejamento e do planejamento focado no “curto prazo”.
- Os custos da falta de lideranças naturais e da existência de lideranças omissas e ausentes.
- Os custos do “turnover” de funcionários.
- Os custos da execução de trabalhos em duplicidade.
- Os custos da morosidade no processo decisório.
- Os custos decorrentes de decisões baseadas em análises superficiais.
- Os custos de negociações mal conduzidas e com baixo nível de compromisso e exigência.
- Os custos em querer “reinventar a roda”.
- Os custos decorrentes da incoerência nas decisões entre produzir internamente ou terceirizar.
- Os custos de manter procedimentos e tomar decisões baseadas na “memória institucional” – do tipo: “foi assim que nós crescemos!”, “isso sempre deu certo!”.
VI. TREINAMENTO / QUALIDADE
- Os custos do refazer, do corrigir e/ou do compensar os erros.
- Os custos não apurados dos desperdícios dos itens não produtivos.
- Os custos da “qualidade a qualquer preço”.
- Os custos da falta de reciclagem de materiais.
- Os custos da falta de profissionalismo, da ineficiência, ineficácia e do funcionário desempenhando atribuições para as quais não foi adequadamente preparado.
- Os custos de fazer o que não é mais necessário.
- Os custos de atender pedidos “urgentes”.
Embora tenhamos relacionado 45 (quarenta e cinco) circunstâncias, ocorrências e situações que geram custos que poderíamos chamar de invisíveis - ou seria “inquantificáveis?” - para as organizações, seguramente elas não esgotam o assunto.
O principal objetivo em trazer este tema para reflexão e discussão é chamar a atenção de nossos gestores - proprietários, diretores, gerentes, coordenadores, supervisores, encarregados, líderes, etc - uma vez que todas as empresas convivem com algumas ou muitas dessas situações e circunstâncias e nada ou pouco fazem para mudar. Embora não seja regra, observamos que as causas mais comuns que conduzem as empresas nessa atitude são:
· Gerenciamento permissivo e tolerante com muitas ocorrências que embutem custos não valorizados e com isso incentivam o desenvolvimento de condutas e atitudes em geral, que além de não agregarem nenhum valor, contribuem para um ambiente interno negativo, sem comprometimento, cooperação e profissionalismo.
· Cultura interna construída com base em valores discutíveis sob o ponto de vista ético e comportamental.
· Lucros muito expressivos no passado ou no presente podem desenvolver um nível inaceitável de tolerância e acomodação.
· Paternalismo, muito comum nas pequenas e médias empresas, dificulta a implantação de uma gestão profissional.
· Estruturas de pessoal construídas há muitos anos e em bases que não mais se sustentam diante dos desafios atuais.
· Preparação, treinamento e atualização profissional insuficientes.
Com o nível de competição atual, é preciso estar atento a todos os detalhes que envolvem as relações humanas (tanto no âmbito interno quanto externo), observando o comportamento de todos os colaboradores com uma visão madura e equilibrada; mantendo controles eficientes e eficazes que possam ser traduzidos em dados e informações consistentes para tomadas de decisões; sabendo extrair o máximo dos recursos materiais disponíveis; desenvolvendo um estilo de gestão profissional, responsável, criativo, inovador, participativo, pró-ativo e principalmente, que saiba compartilhar os resultados alcançados e finalmente, jamais descuidar-se da necessidade de fornecer meios para que todos os colaboradores possam ser treinados e preparados para enfrentar os novos desafios.
Todos devem lembrar-se daquele velho ditado: “o que os olhos não vêem o coração não sente!”. Pois é, pode até ser uma verdade para as pessoas, porém, no mundo das empresas, quando “os olhos não vêem - ou não querem ver - as organizações sofrem, enfraquecem, perdem competitividade e muitas até deixam de existir!”
Convido todos a aproveitar a relação dos custos identificados e relacionados anteriormente e fazer uma avaliação sincera de como sua empresa lida com eles.
Autor: Carlos A. Zaffani - Consultor em Gestão de Empresas
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