Após vivenciar quase dois meses às transformações impostas pela pandemia do
corona vírus, com o isolamento das pessoas, fechamento do comércio em geral e
mudança de hábitos atingindo quase toda a população de nossas cidades, estados
e países em todo o mundo, observamos que as empresas, de forma geral, tiveram
que repensar (em caráter de urgência) para que seus negócios pudessem conviver
(e muitos sobreviver) com a nova realidade imposta pela situação emergencial.
Excetuando-se as empresas consideradas e
dedicadas às atividades essenciais (que também tiveram que criar algumas novas
formas de se relacionar com as pessoas), a grande maioria, a partir da segunda quinzena de março p.p aqui
no Brasil., simplesmente fecharam suas empresas e uma parte menor, tiveram que
tomar e implementar medidas excepcionais e, em curtíssimo prazo, viabilizar, entre outras medidas, a implantação
do home office para funcionários de seus escritórios e/ou criando formas alternativas
para manter suas operações (pelo menos) parcialmente ativas.
Seguramente, com poucas exceções, vários problemas
aconteceram nesse processo de implementação de medidas excepcionais e, mesmo
que pontuais, muitos dos problemas puderam
ser rapidamente solucionados enquanto outros não. E assim, toda
empresa responsável que conseguiu manter suas operações ativas, acredito
que o fez de forma a expor seus colaboradores aos menores riscos possíveis, evitando
(pelo menos) a locomoção para os escritórios, viabilizando o trabalho à
distância para muitos, mas principalmente diante das incertezas e queda do
faturamento/receita, com a manutenção dos salários, benefícios e emprego de
todos.
Talvez
ainda não seja o momento, mas a realidade duramente imposta à todos pela
pandemia, deve fazer-nos refletir sobre uma infinidade de aspectos que
provavelmente mudarão na vida de todos, tais como: na vida pessoal, familiar,
relacionamentos, em relação ao próximo e, obviamente, no campo profissional.
Atendo-nos especificamente à vida
profissional, mas ampliando a reflexão para dentro a empresa, surge a primeira
questão: uma vez superada ou controlada a pandemia, será que as atividades em
geral poderão e/ou serão retomadas e realizadas da mesma forma que foram até o
começo de março p.p.?
Minha percepção é de que isso dificilmente ocorrerá
porque os responsáveis pelo futuro das empresas necessitarão AVALIAR o quanto das experiências impostas pelas circunstâncias criou novas formas de
relacionamento empresarial e mais especificamente com os colaboradores que
poderão, entre outras coisas:
- ·
Significar
novas formas de gestão operacional;
- ·
Novas
formas de vínculo / contratação de colaboradores;
- ·
Atuação
da área de Recursos Humanos diferente do que foi até hoje;
- · Todos
que tenham qualquer posição de comando precisarão se adaptar às novas configurações nas relações com os colaboradores e com os clientes;
- · Muitos
clientes sofrerão mudanças em suas operações, suas exigências (possivelmente)
também e como isso se refletirá e/ou impactará as empresas;
- Poderão trazer impactos significativos (provável redução) na estrutura de custos e despesas operacionais;
- ·
Redução
de utilização de espaços nos escritórios;
- · Necessidade
de alterações nos sistemas e controles internos que garantam a qualidade e
segurança da informação.
É claro que essas minhas percepções são
preliminares e todos os responsáveis, ao estarem neste momento vivenciando o dia-a-dia
dessa situação, estão e estarão muito mais capacitados de enxergarem outros
aspectos e/ou oportunidades que jamais foram pensadas.
Sinto que nós estamos prestes a iniciar um
novo “capítulo” na história da humanidade e, para a realidade de nosso país, os
desafios serão ainda maiores em decorrência das instabilidades sociais e econômicas
que advirão e, assim sendo, cada um de nós precisará se “reinventar” para se
adaptar aos novos contextos que existirão a fim de que possamos exercer,
com dignidade, um novo papel como SER HUMANO!
Por enquanto é isso!
Que Deus ilumine e conceda muita sabedoria a
todos os responsáveis pelas empresas!
Até breve!
Carlos Zaffani
Publicado no LinkedIn
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